12 de setembro de 2012
Virtualização: Evolução, Aplicação e Ferramentas
INTRODUÇÃO
Para
começar a falar de virtualização, é preciso entender o que é virtual. Virtual é algo simulado, abstrato, que não se
toca, como o sistema operacional, Facebook, vídeos do Youtube, etc. No nosso
caso, trataremos da criação de um sistema operacional virtualizado dentro de
outro sistema operacional instalado realmente no hardware do computador.
A
virtualização permite que sejam iniciados dentro de um mesmo computador, varias
instancias de sistemas operacionais, podendo ser iguais ou totalmente
diferentes. Estes Sistemas “visitantes” são gerenciados por um software
conhecido como VMM (Virtual Machine Monitor) ou hypervisor,
que fornece ao S.O. a abstração da máquina virtual, controlando o acesso aos
dispositivos de hardware. Em uma virtualização é possível controlar a
quantidade do uso do processador, de memória e espaço em disco que cada sistema
virtualizado disponibilizará para uso.
EVOLUÇÃO
A ideia de virtualização surgiu em meados do
ano de 1960 onde os gigantes computadores da época conseguiam atingir um alto
processamento, mas dependiam das lentas interfaces humanas para geri-los, desta
forma começou a trabalhar com processos em paralelos criando a terminologia time sharing que significa
compartilhamento do tempo.
Segundo (JEANNA, 2009), em 1960, a IBM
desenvolveu um mainframe chamado de System/360™, que virtualizava todas as
relações de sistema através do Monitor Virtual ou "VM" e depois
chamado de Supervisor, resultando nos dias atuais de hypervisor, que substituiu
o ser humano para gerenciar estes processos.
Até a década de 70,
a virtualização atuava no sentido de viabilizar computadores pessoais até
então muito caros. Os antigos mainframes eram divididos através de time-sharing (tempo
compartilhado) entre usuários que usavam ambientes de aplicação totalmente
diferentes. No entanto, com os avanços da tecnologia implicando em diminuição
dos preços, o acesso às máquinas se tornou mais barato, essa técnica perdeu
força. A indústria de computadores pessoais evolui de forma a difundir a
computação pelo mundo. Adquirir um computador já não era tão custoso e, por
vezes, era mais interessante utilizar uma máquina por processo. Um programa
executado em um ambiente virtual pode ser menos eficiente que se executado
direto em uma máquina real, pois a virtualização tem um limite físico. Logo,
essa técnica foi parcialmente superada nas décadas de 80 e 90. No caminhar
dessa evolução, então, os computadores passaram a ter muita capacidade em pouco
preço. Em muitos casos passou a ser viável ter um processador com a capacidade
muito maior que a necessária, o que gerou muita ociosidade. A virtualização
ressurgiu a fim de aproveitar esses recursos. Ainda, com a evolução das redes
de computadores usuários podem utilizar máquinas virtuais remotas. Outros
fatores também influenciam esse crescente interesse. Máquinas virtuais criam
aspectos interessantes quanto à segurança, confiabilidade, disponibilidade,
balanceamento de carga e suporte a softwares legados. Esses últimos são
programas muito antigos e de difícil atualização, projetados para funções
críticas dos sistemas computacionais e, naturalmente, desconhecem invenções
mais recentes (Otto Duarte).
APLICAÇÃO
A
virtualização pode ser utilizada segundo (Diogo, 2008), na consolidação de servidores, que consiste em usar uma
máquina física com diversas máquinas virtuais, sendo uma para cada servidor.
Essa nova abordagem garante o isolamento dos servidores e apresenta as
vantagens de aumentar a taxa de utilização de servidores, reduzir os custos
operacionais, criar ambientes mais flexíveis e reduzir custos de administração
de TI. O ponto mais importante da consolidação de servidores é o melhor
aproveitamento dos recursos, já que se existem n servidores com uma taxa de utilização x, tal que x < 100%, é menos custoso e mais
vantajoso consolidar os n servidores em apenas um, com taxa de
utilização de n.x, desde
que n.x < 100%.
Outro
principal exemplo da utilização da virtualização pode ser visto em laboratórios
de ensino, onde o objetivo é criar um ambiente que isole o aluno da maquina
física, pois o ambiente virtual pode ser facilmente recuperado após uma falha,
diminuindo a necessidade de manutenção das maquinas, e também com a vantagem de
se poder trabalhar com formatação e configuração do sistema operacional sem
envolver a reinstalação das maquinas.
As
principais ferramentas disponíveis no mercado são:
VMWARE: Foi
realmente o responsável por popularizar a tecnologia de virtualização em
pequenas empresas e usuários domésticos.
Dentre os sistemas que você pode rodar, com
suporte oficial, no VMware Player estão:
Windows: 3.1, 95, 98, ME, 2000, 2003, 2008,
NT, XP, Vista e 7;
Linux: Ubuntu, Fedora, Mandriva, OpenSUSE,
Debian 5 e 6, SUSE Linux Enterprise 7 ao 11, Red Hat Enterprise Linux 2 ao 6.
Além de várias outras distribuições com kernel entre 2.2 e 2.6, tanto em
versões 32 quanto 64 Bits;
Netware 5 e 6;
Solaris: 8 e 9 de forma experimental, 10 nas
versões 32 e 64 Bit;
Outros: MS-DOS e FreeBSD.
VIRTUALBOX: É um programa de código aberto, desenvolvido hoje pela sua comunidade de
usuários com suporte da Oracle, atual desenvolvedora do software.
Dentre os sistemas suportados pelo VirtualBox, segundo
os desenvolvedores, estão:
·
Windows: 3.1, 95, 98, ME, 2000,
2003, 2008, NT, XP, Vista e 7 e 8;
·
Linux: Ubuntu, Fedora, OpenSUSE, Debian, Red
Hat Enterprise Linux. Além de várias outras
distribuições com kernel 2.2, 2.4 e 2.6 - tanto em versões 32 quanto 64 Bit;
·
Solaris: Oracle Solaris 10 ou
superior;
·
BSD: FreeBSD, OpenBSD e
NetBSD - todos em versões 32 ou 64 Bit;
·
IBM OS/2: Warp (3,4 e 4.5),
eComstation e outros;
·
Mac OS X Server 32 e 64 Bit;
·
Outros: DOS, Netware, L4, QNX e
JRockitVE
VIRTUALPC: O Virtual PC foi a resposta da Microsoft aos problemas relatados
por seus usuários ao tentar rodar aplicativos feitos para as versões mais
antigas do Windows, principalmente no Windows XP ou posterior.
Dentre os sistemas operacionais suportados pela
ferramenta estão:
·
Windows: 98, 2000, 2003, 2008,
NT, XP e Vista;
·
OS/2;
·
Other: usada para rodar, ou
pelo menos tentar, a execução de sistemas Linux e outros não listados nas opções
anteriores.
REFERENCIAS
Amaral,
Fabio Eduardo. O que é virtualização. Disponível em:<http://www.tecmundo.com.br/web/1624-o-que-e-virtualizacao-.htm>.
Acesso em: 01 setembro 2012.
redhat. O
que é virtualização. Disponível em:<http://br.redhat.com/pdf/virtualization/whatisvirtualization.pdf>.
Acesso em: 01 setembro 2012.
Diogo
Menezes Ferrazani Mattos. Virtualização. Disponível em:<http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/virtual/OqueohypervisorouVMM(VirtualMachineMonit.html>.
Acesso em: 01 setembro 2012.
Francisco Abud do Nascimento, Cleôncio F. L.
da Cruz, Igor M. A. de Oliveira, Lucas
D. dos
Santos C. de Oliveira, Ana Paula L. Marques Fernandes. Alta disponibilidade em
virtualização de servidores. Disponível em:<http://www.aedb.br/seget/artigos10/26_Virtualizacao_SEGET_2010.pdf>.
Acesso em: 01 setembro 2012.
Amaral,
Fabio Eduardo. O que é virtualização. Disponível em:<http://www.gta.ufrj.br/grad/09_1/versao-final/virtualizacao/evolucao%20atraves%20do%20tempo.html>.
Acesso em: 01 setembro 2012.
Diogo
Menezes Ferrazani Mattos. Consolidação
de Servidores. Disponível em:<
http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/virtual/ConsolidaodeServidores.html#Topic15
>. Acesso em: 02 setembro 2012.
Diogo
Menezes Ferrazani Mattos. Laboratórios
de ensino. Disponível em:< http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/virtual/Laboratriosdeensino.html#Topic17
>. Acesso em: 02 setembro 2012.
Felipe
Augusto Cavalcante. Melhor Virtualizador. Disponível em:<http://www.superdownloads.com.br/materias/melhor-virtualizador-virtualbox-vmware-virtual-pc.html>. Acesso em: 08 setembro 2012.
Diogo
Menezes Ferrazani Mattos. Virtualização: VMWare e Xen. Disponível
em:<http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/virtual/artigo.pdf>. Acesso em: 08 setembro 2012.
Tags: Geral , Sistemas Operacionais , Software
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